UPAs promovem treinamentos de protocolo de segurança de prevenção de quedas
Estudos mostram que a hospitalização aumenta o risco de queda nos pacientes. A adaptação em um ambiente fora do lar e uso de medicações estão entre os fatores que contribuem para isso e que prejudicam a coordenação motora, colaborando para a falta de equilíbrio no corpo e, consequentemente, um acidente do tipo. Diante disso, é preciso que as equipes de saúde adotem procedimentos para diminuir os riscos ao paciente.
Sabendo disso e com objetivo de garantir o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, o Núcleo de Gestão e Segurança do Paciente (NUGESP) das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em parceria com o Núcleo de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente (NGQS) e Direção de Gestão do Cuidado e Ensino (DGCE), realizaram treinamentos in loco do protocolo de segurança de prevenção de queda, baseado na Escala de Queda de Morse, fortalecendo a cultura de segurança do paciente.
A Escala de Queda de Morse deve ser aplicada em todos os pacientes maiores de 18 anos, no momento da admissão e quando existe alteração da condição clínica do paciente. A avaliação consta seis itens principais, são eles: antecedentes de queda, diagnóstico secundário, deambulação (prática de andar), uso de dispositivo intravenoso, marcha (locomoção do corpo) e estado mental.
O resultado obtido é indicativo do risco de queda, sendo assim, quanto maior o score, maior o risco de acidente. É considerado alto risco de queda quando o resultado obtido através da aplicação da escala é igual ou superior a 45 pontos. “O protocolo iniciou na UPA Messejana, como piloto, buscando durante o período verificar o que poderia ser ajustado e, atualmente, já está em uso em todas as unidades”, explica Cleide Ibiapaba, gerente do NUGESP.
A escala já está disponível no atendimento das UPAs, facilitando a classificação de risco no momento da chegada do paciente. Além da UPA Messejana, as UPAs Canindezinho e Conjunto Ceará também receberam o treinamento de forma dinâmica, utilizando métodos de perguntas e respostas, com questões de verdadeiro ou falso sobre quedas, promovendo aprendizado de forma leve e interativa entre os colaboradores.
“A Escala de Queda de Morse tem papel fundamental na segurança do paciente, promovendo maior cuidado e auxiliando a equipe, o que reduz o tempo de avaliação de risco já no primeiro contato com o paciente e promove melhor alinhamento das informações sobre as medidas de prevenção de queda. Todas as unidades irão receber o treinamento e é importante o engajamento de todos os envolvidos”, complementa Cleide.
Em caso de queda, uma das orientações é levar o paciente, principalmente se for idoso, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. A gravidade do risco determina a agilidade com que o paciente será atendido. No momento de chegada, o paciente passa por um cadastro em que há classificação de risco, em seguida ele é levado ao consultório médico e fica em observação ou aguardando transferência para unidade hospitalar, quando indicado.
As Unidades de Pronto Atendimento prestam um serviço especializado, respeitando o grau de priorização por gravidade de cada caso, aferido através de um sistema de classificação de risco executado por profissionais de enfermagem, garantindo assim a precisão desta avaliação. A classificação de risco é baseada no Protocolo de Manchester, que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo-alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso.
“Diante disso, pacientes que são idosos são atendidos prioritariamente, de acordo com a classificação recebida. Por exemplo, se o idoso é classificado como verde, ele será atendido como prioridade, dentro das pessoas classificadas como verde. Os classificados como amarelo e laranja, irão ser atendidos primeiro, independente de idade, devido à urgência ser maior”, esclarece Patrícia Santana, diretora de cuidado e saúde das UPAs estaduais.