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21/02/2024

Profissionais do HGWA e Helv recebem oficinas sobre comunicação não violenta

Bruno Brandão

(Texto: Bruno Brandão e Isabelle Azevedo)

Profissionais de saúde do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) e do Hospital Estadual Leonardo da Vinci (Helv), unidades da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), estão recebendo uma oficina de Comunicação Não Violenta (CNV). A abordagem é um estilo de comportamento comunicativo desenvolvido pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, cujo objetivo é entender, por meio da empatia e escuta ativa, as necessidades e solicitações das pessoas.

A fonoaudióloga Adriana Oliveira é a responsável por ministrar as oficinas nas duas unidades. A proposta iniciou-se no HGWA, após discussões nas reuniões do Grupo de Trabalho da Humanização (GTH), visando agregar mais excelência no atendimento dado aos pacientes durante as internações.

“As oficinas têm sido momentos ricos de um despertar individual a respeito da comunicação interna, levando a uma reflexão sobre os nossos atos durante uma conversa espontânea, reuniões, devolutivas e feedback”, explica a profissional.

Adriana ainda destaca que, durante as oficinas, é usada uma metodologia ativa, com simulações do dia a dia sobre a comunicação com líderes e liderados, feedback nas avaliações de desempenho e práticas de escrita para adequar a linguagem durante os treinamentos em serviço. Dessa forma, a ideia é possibilitar melhor compreensão e interpretação do que se é pedido ao trabalhador. “Tudo isso para que possamos criar relacionamentos mais profissionais com uma escuta empática e uma fala objetiva, franca, honesta, com respeito e compaixão”, afirma.

A enfermeira do HGWA Karla de Castro foi uma das profissionais que participou dos momentos. Além da parte profissional, ela conta que também leva o que aprendeu para a vida pessoal.

“Acho que ele serve para a nossa vida diária e não somente para trabalho. Percebi como muitas vezes descontamos nossas emoções na fala. Às vezes, nem queremos ter uma comunicação violenta ou ríspida, mas o estresse do dia a dia e as lutas internas de cada um podem sair na fala daquele momento. A fala, o tom de voz, tudo isso pode ser treinado e todo mundo pode ser um bom comunicador”, compartilha a enfermeira.

Desenvolvimento Educacional

No Helv, o treinamento de comunicação não violenta foi o tema escolhido pelo Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), que tem como objetivo principal fortalecer os temas estratégicos do hospital, para ser trabalhado durante os meses de fevereiro e março por todos os trabalhadores da unidade.

A enfermeira da Educação Permanente, Thaís Lima, afirma que o intuito das oficinas é aprimorar a comunicação entre gestores e trabalhadores. “Quando conseguimos que eles desenvolvam uma comunicação mais efetiva, sem verbalizações agressivas, conseguimos minimizar conflitos existentes e promovemos melhorias em diversos aspectos da instituição. Afinal, a comunicação é a base de tudo. Se melhoramos na comunicação, conseguimos ser mais assertivos na melhoria da qualidade dos processos”, explica.

O treinamento foi dividido em formato on-line, indicado para todos os trabalhadores do Helv, e presencial, designado para gestores, lideranças, profissionais diaristas da área assistencial e profissionais de setores estratégicos do hospital. “Com o treinamento presencial, a ideia é que esses participantes atuem como multiplicadores, compartilhando o conhecimento adquirido com seus colegas. Já o treinamento on-line, que estará disponível na plataforma a partir de março, foi estruturado para alcançar um público mais amplo dentro da instituição”, pontua Thais Lima.

O gerente de atendimento ao cliente do Helv, Natanael Gomes, que lidera diretamente 70 pessoas, avalia que o treinamento de comunicação não violenta foi importante, ao apresentar formas eficazes de se comportar em conversas difíceis. “Embora nem sempre possamos prever a reação do colaborador ao feedback, o treinamento nos forneceu diretrizes para agir com mais segurança e assertividade. A imprevisibilidade das respostas torna esses momentos desafiadores, mas o uso de palavras adequadas, um tom sério e uma postura tranquila são aspectos essenciais para conduzir a situação da melhor forma possível”, afirmou o gerente.

Natan destaca ainda o momento prático do treinamento. “O exercício prático foi extremamente valioso, pois possibilitou a aplicação dos aprendizados em situações reais, tornando o conteúdo ainda mais útil para o nosso desenvolvimento profissional”, destacou o gerente.

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