Humanização: paciente em tratamento paliativo recebe visita dos netos no HRVJ
A paciente Vera Lúcia, 56, está internada há 19 dias em um dos leitos da clínica médica do Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Em tratamento paliativo contra um câncer avançado, ela sinalizou sobre a sua vontade de ver seus dois netos, que são muito apegados à avó. Como uma forma de humanizar a estadia da agricultora na unidade, a equipe multidisciplinar da unidade providenciou a entrada das crianças.
A visita aconteceu na tarde da última terça-feira (10). Os pequenos Enzo Gabriel, de sete anos, e Maria Alícia, de dois anos, viajaram de Morada Nova para ver a avó. O momento foi de muita emoção, tanto para os familiares quanto para os profissionais que cuidam da paciente.
A nora de Vera, Maria Valdilane, que está como acompanhante, frisa que o momento foi muito importante. “Mesmo com a razão das circunstâncias e do momento que ela está passando, minha sogra ficou muito feliz. Foi de suma importância, tanto para meus filhos quanto para ela, que os ama muito. Devido ao momento que ela está passando, precisa se sentir acolhida e feliz, e desde que a gente chegou aqui fomos bem acolhidos e a assistência é muito boa. O que se pode fazer por ela, estão fazendo. Somos conscientes disso e não podemos ir além do que a medicina pode fazer”, disse.
A enfermeira Aline Souto lembra que esse momento gerou conforto, confiança e cumplicidade entre a família, profissionais e a paciente. “O atendimento humanizado busca proporcionar uma melhora psicológica do paciente em cuidados paliativos, bem como estreitar vínculos e formar memórias afetivas, além da geração de conforto”, pontua.
A assistência voltada para os pacientes em cuidados paliativos no HRVJ é pontuada em uma assistência humanizada. Diversas ações são traçadas para que se possa ofertar conforto e impactar de forma positiva quem está internado e seus familiares. “Com dona Vera Lúcia foi assim. Durante sua avaliação, o fisioterapeuta resolveu levar a paciente ao passeio terapêutico, como uma atividade conjunta. Tudo foi planejado entre a equipe de fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, psicologia e serviço social”, destaca o coordenador da fisioterapia, Roni Rodrigues.
Ele ainda informa que os passeios terapêuticos realizados pela equipe não são apenas um momento de “passear”, mas de trabalhar a funcionalidade, orientação de tempo e espaço, bem como socialização. Além de diminuir a ansiedade, faz com que o uso de medicamentos seja mais presente nesse tipo de conduta. Após o primeiro passeio, ela expressou que desejava ver os dois únicos netos.
Com o desejo de tornar esse momento especial e contando com apoio da família, a equipe conseguiu, durante um dos passeios, realizar o desejo em um momento afetivo. Além de oferecer conforto mental e físico para o paciente, a ação impacta diretamente nos colaboradores e familiares, além de criar experiências positivas para todos os envolvidos.