Humanização: HGWA realiza desejos alimentares de pacientes em tratamento na unidade
O aposentado Basílio de Freitas teve uma feliz surpresa nesta quarta-feira (18), data em que comemorou 86 anos de idade. Mesmo internado no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a comemoração teve direito a um lanche especial: um bolo de aniversário, oferecido pela própria unidade.
Acompanhado da esposa, Mariniuda da Rocha, seu Basílio está internado desde o fim de agosto na unidade. O momento de alegria foi celebrado pelo aniversariante. “Fiquei muito feliz. Não esperava que fosse comemorar essa data aqui no hospital. Agora vou poder, pelo menos, comer um pedacinho de bolo”, disse emocionado.
A equipe de nutrição da unidade faz o possível para atender aos desejos dos pacientes, conforme a possibilidade de cada um. Para se ter ideia, já foram realizados pedidos que vão desde uma sobremesa favorita, até uma caranguejada. A gerente de nutrição do HGWA, Carolina Drummond, explica que a alimentação tem um grande impacto na vida dos pacientes, pois além de ser uma necessidade fisiológica, tem fatores emocionais e afetivos envolvidos.
“Esse momento pode ser captado por qualquer profissional da assistência e compartilhado com a nutrição para avaliar a viabilidade do atendimento. Na maioria dos casos, conseguimos produzir o prato pedido aqui mesmo no hospital. Nos casos em que não é possível, fazemos as orientações necessárias para os familiares poderem trazer o alimento de maneira segura”, explica.
Drummond lembra que tudo começou com os pacientes em cuidados paliativos, muitos em um momento particular que sinaliza o fim da vida. Alguns buscam resgatar memórias, e a alimentação é parte importante delas.
“O sentimento é de gratidão por poder proporcionar, por meio do alimento, um carinho e aconchego ao paciente. Assim como de missão cumprida, uma vez que, por intermédio do nosso atendimento, podemos melhorar a experiência do paciente”, pontua.
Joana Limaverde, que é nutricionista da unidade, já participou de diversas realizações de desejos. Ela conta que muitas vezes o paciente não aceita bem a dieta ou expressa a vontade de comer algum alimento. Quando essa vontade é atendida, a reação é sempre muita emoção e gratidão.
“Já ouvi, por exemplo, um paciente que queria muito comer uma pizza. Era um paciente paliativo e conseguimos fazer a pizza aqui mesmo e ofertar. O que fica é o sentimento de poder não só alimentar com nutrientes, mas alimentar a alma, com carinho e afeto”, destaca.