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09/08/2024

Heróis do Cotidiano: Pais que transformam a vida de seus filhos com amor e dedicação

Bruno Brandão

Neste Dia dos Pais, a campanha "Heróis do Cotidiano" celebra pais que desempenham papéis essenciais na vida de seus filhos, sacrificando tempo pessoal e interesses para estar presentes em momentos importantes. Histórias como a de Jefferson Lopes, técnico de enfermagem da CCC e pai de Arthur, e George Moraes, assessor administrativo do HRC e pai de Rafael, além Thiago Sombra, pai do pequeno Antônio Bernardo e José Heitor,  ilustram como esses pais oferecem amor e suporte incondicional, enfrentando desafios diários com amor e cuidado. Confira abaixo os relatos na íntegra. 

O ISGH agradece a todos os pais que, com gestos simples, moldam profundamente as vidas de seus filhos. Feliz Dia dos Pais! 

 O Pai que equilibra a rotina com momentos inesquecíveis em família

Dando sequência à campanha Heróis do Cotidiano, hoje vamos conhecer a história do papai Jefferson Lopes. O técnico de enfermagem tem uma rotina de trabalho intensa. Ele atua no setor de Transportes da Casa de Cuidados do Ceará (CCC) com a remoção de pacientes. Por isso, ele fica bastante tempo em trânsito, mas mesmo com boa parte desse tempo dedicado a esses trajetos, faz questão de ser presente na vida da esposa Jéssica, 27, e do filho Arthur, 3.

A jornada de trabalho, dividida entre dois empregos, é de 24 horas consecutivas, seguido por um período de descanso equivalente a 24 horas. E é nesse período de folga que ele não abre mão de viver momentos únicos ao lado da família. Um desses momentos é dedicado ao esporte, principalmente a corrida. Além disso, Jefferson também aproveita para fazer atividade física com o filho, seja ao ar livre ou em casa.

“Ao ar livre praticamos corrida e exercícios aeróbicos, dentro de casa geralmente fazemos exercícios aeróbicos focados em repetição de movimentos. O que eu mais gosto na paternidade é justamente desse companheirismo e da parceria que temos, o prazer da companhia do meu filho é imensurável”, conta o orgulhoso papai.

 Um pai que redefiniu a vida para estar presente na criação do filho

Para o papai George Moraes, assessor administrativo no Hospital Regional do Cariri (HRC), tudo mudou quando o filho Rafael nasceu. “Deixei de viver por mim para viver em prol de outra vida que, na minha concepção, se tornou mais importante que a minha”, afirma. Para estar sempre presente nos cuidados com a criança, George manteve o trabalho no turno da noite quando acabou a licença maternidade da esposa, Anne Rafaela. Assim, quando ela voltou a trabalhar, George assumiu totalmente a tarefa de cuidar do filho durante o dia. 

Atualmente, Rafael tem 6 anos, e segundo George, já é bem independente, adora brincar e tem energia de sobra. Os pais seguem na rotina de trabalho com turnos alternados, para que consigam se dedicar mais aos cuidados com a criança, o que seria mais difícil se os dois trabalhassem no mesmo horário. “Estou presente sempre que posso, nos eventos escolares, nas atividades extracurriculares, para que ele tenha essa referência de presença sempre ativa”, relata George.

Essa relação tão presente fez com que Rafael desenvolvesse gostos parecidos com os do pai. Ele adora animais, vaquejada, futebol e ir para o sítio, assim como George, que conta que tenta ser exemplo para o filho. “Tento transmitir o máximo de amor, cuidado, atenção e carinho, sem deixar de disciplinar e orientar no que se faz necessário. Espero que consiga ser um bom espelho para que ele se torne uma pessoa de bem, humana, carismática, competente e feliz!”, conclui o super pai George, herói do cotidiano de Rafael.

Pai faz o parto do próprio filho durante viagem em família

O enfermeiro Thiago Sombra, que atua no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), há dez anos, teve uma grande emoção: ajudou no parto do próprio filho, hoje com seis anos de idade. Ele lembra de como tudo aconteceu para o nascimento do pequeno Antônio Bernardo. Foi durante uma viagem para a cidade litorânea de Águas Belas, em um domingo pela manhã, que ele e a esposa, também enfermeira, Cristiane Batista, perceberam que a bolsa rompeu. O trabalho de parto começou no caminho de volta para casa, quando os dois e o primeiro filho, José Heitor, estavam no carro.

“Achei que a bolsa tinha estourado e já estávamos a caminho para Fortaleza, acompanhados do nosso outro filho, de quatro anos na época. Retornamos no desespero, preocupados. Quando chegamos próximo ao Eusébio [cidade da região metropolitana], as contrações começaram a aumentar e eu tive a certeza que faria o parto. Fiquei um pouco nervoso e tentando chegar o mais rápido possível no hospital”, recorda.

Thiago explica que o alívio surgiu quando ele identificou a placa de uma unidade de saúde. Porém, o pai teve que sair de cena para dar lugar ao enfermeiro. “Quando cheguei próximo ao local, vi que não dava mais para esperar. Percebi que já estava coroando e ela iniciou o trabalho de parto na porta de entrada, ainda no carro. Eu já tinha passado por situações com parto e resolvi fazer o da minha esposa. Fiz todo o procedimento para evitar lacerações e verifiquei como estava a criança para evitar sufocamentos. Quando ele nasceu e eu tirei ele, os profissionais da unidade já estavam descendo para pegar nosso filho. Foi quando houve o corte do cordão umbilical”. Após o nascimento, a equipe médica do equipamento de saúde realizou os procedimentos e tudo ficou bem.

Hoje, aos seis anos, Thiago fala que contou o ocorrido para o filho. “Já contei desse dia para ele. O Bernardo sempre brinca com isso também. Sempre falo que sou amigo deles, em todos os momentos. Brinco e não abro mão da conversa, de saber como foi o dia deles, tento sempre reforçar que sou amigo e ao mesmo tempo pai, em questão de orientá-los e passar segurança”, conta.

Sobre o amor paterno, Thiago, que se considera um pai presente, participa de todos os momentos, inclusive nos cuidados do dia a dia. “A melhor coisa de ser pai é você poder passar o melhor de você. Existem dois Thiagos: um antes de ser pai e um depois de ser pai. O que eu faço, o que eu vivo e tento passar é tudo baseado neles. Tento fazer o melhor pra eles. Ser pai é ter oportunidade de acompanhar os filhos, moldá-los e refletir junto com eles, dar base para eles. A minha profissão me deixou muito mais humano nesse sentido de cuidar, me ajudando no parto, no cuidado inicial e em todas as fases de crescimento deles. Todos os dias quando os vejo dormindo e acordando, isso me faz viver mais”, diz, emocionado, o profissional de saúde.

Texto: Nayana Lyne, Márcia Catunda, Naiara Carneiro de Oliveira e Bruno Brandão

Fotos: Arquivo pessoal - Colaboradores

Artes gráficas: Ariel Sousa

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