Sede e unidades realizam ações de conscientização sobre sepse e higienização das mãos
O Dia Mundial da Sepse, realizado em 13 de setembro, é um dado dedicado à conscientização sobre essa condição médica grave. Comprometido com a saúde da população, o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) reforça a importância de conscientizar sobre o tema com a realização de diversas mobilizações na Sede e nas unidades geridas pela organização.

Nesta sexta-feira, a Diretoria de Gestão do Cuidado e Ensino (DGCE) e o Núcleo de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente (NGQS) da Sede reuniu colaboradores em uma gincana interativa e imersiva sobre a sepse e higiene de mãos.
Durante o período da manhã e da tarde, equipes se revezaram nas atividades propostas, entre elas caça - palavras, palavras - cruzada e o jogo de ordenar os passos da higienização das mãos.
Tudo isso teve o objetivo de demonstrar os conhecimentos aprendidos sobre os protocolos de sepse e protocolo de higienização das mãos. Ao final, as equipes ainda passaram por uma experiência com a “caixa da verdade”, equipamento que usa luz negra em conjunto a um gel fluorescente para revelar locais de sujidade e mostrar se a técnica de higienização das mãos foi realizada de forma adequada.
Veja as iniciativas dentro das unidades geridas pelo ISGH

A autônoma Erbênia Pereira, de 52 anos, está internada no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) desde o início de agosto. Ela foi admitida com um quadro renal infeccioso que evoluiu para sepse. Um paciente chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde recebeu todos os cuidados necessários para o tratamento, sendo restrito para a clínica médica onde aguarda a alta hospitalar. Já melhor e fora de perigo, ela conta que agora se sente aliviada.
"Eu fui tratado com muita rapidez. Cheguei a tomar bolsas de sangue, plaquetas e medicamentos fortes. Tive um quadro infeccioso, os médicos me falaram que minha situação era grave, mas que iriam fazer o possível para me ajudar, em nenhum momento me senti às cegas sobre o diagnóstico. Agora quero ir para casa contar essa vitória", afirma.
Responsáveis pelo atendimento de casos de urgência e emergência, os hospitais de nível terciário acompanham pacientes graves, como a dona Erbênia, que podem ter acometimentos graves como sepse, uma disfunção de um ou mais órgãos decorrentes de infecção.
"Quanto mais cedo a equipe identificar os sinais de infecção e sepse e acionar o protocolo sepse com todas as medidas (culturas, exames, antibióticos e demais medidas) maiores serão as chances de alta para os pacientes", explica a enfermeira do Serviço de Controle de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e gerente de caso, que cuida do gerenciamento do protocolo sepse na unidade, Cristiane Araújo.
Pensando em resultados cada vez mais positivos, os hospitais da Rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerenciam um protocolo hospitalar, que são documentos que contêm recomendações e orientações para profissionais da saúde, de atenção aos pacientes sépticos. Nos últimos dois anos, mais de 11 mil protocolos foram abertos e a taxa de mortalidade por sepse caiu em média 12% entre as unidades que têm o protocolo como prioritário.
Um desses motivos é devido ao reforço para as equipes em iniciar o protocolo da sepse nos primeiros sinais. Qualquer tipo de agente infeccioso pode desencadear sepse, principalmente quando ocasionadas por bactérias, em quadros adversos como pneumonias, infecções urinárias e de pele. Uma doença potencialmente grave, desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo antes de uma infecção, é um problema tratável e curável, principalmente quando percebido em seus sintomas iniciais.
A atualização do protocolo sepse depende de treinamentos contínuos e feedbacks constantes. A parceria do HGWA com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) tem ajudado nesse trabalho.
"A parceria tem sido de fundamental importância para nos guiar na busca das melhorias contínuas e para nortear nossos esforços no aprimoramento de nossos resultados. Essa parceria nos trouxe atualização para buscarmos sempre o melhor de nossos esforços em prol do paciente", detalha Cristiane.
Em nova fase, o HGWA está em fase de implementação do projeto Reabilita Sepse. Além do acompanhamento no hospital, o projeto também visa acompanhar toda a reabilitação do paciente.
"Nesse projeto, os profissionais da equipe multidisciplinar irão agir no intuito de identificar e realizar um plano de reabilitação personalizado pós-alta para cada paciente, focado em suas necessidades de reabilitação sendo norteados pelos três grandes domínios que a sepse pode acometer, que são a saúde física, a cognição e a saúde mental", diz um gerente de caso.

Regionais
O Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, gerencia o protocolo sepse como prioritário desde 2014, mas nos últimos dois anos tem aprimorado os processos com estratégias para aumentar a sensibilidade à abertura dos protocolos em tempo hábil.
“O protocolo sepse tem o objetivo de auxiliar a utilização de marcadores prioritários na recuperação dos pacientes e monitorar para que as ações sejam realizadas no tempo certo”, avalia a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HRN, Diana Karla Muniz . Uma das estratégias que estão sendo inovadoras são os guardiões dos pacientes sepse (GPS), profissionais da assistência que auxiliam no acompanhamento aos pacientes desse perfil.
Sentinelas no HRSC garantem vigília 24 horas contra Setembro

Montar um método de vigilância permanente para identificar os sinais de uma epidemia generalizada, foi uma estratégia criada pelo Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Rede Sesa, para manter sob controle os casos de Sepse. Em agosto deste ano o programa Sentinela Sepse completou um ano. O programa é composto por cerca de 50 colaboradores, todos rigorosamente treinados, para sinalizar a necessidade de abertura de um protocolo, ao primeiro sinal de Sepse distribuído.
Graças ao Sentinela Sepse, a mediana de aberturas de protocolo passou de 28 para 47. Os membros se dividem entre as equipes de plantão, permitindo que todas as unidades tenham pelo menos um Sentinela. Desta forma, a metodologia garante que os pacientes sejam monitorados 24 horas e preparados para que nenhum protocolo deixe de ser aberto.
"Eles são nossos alertas dentro dos setores, o nosso radar. Temos uma comunicação muito forte, com reuniões sistemáticas", explica Ana Amélia Farias, coordenadora do SCIH. Daniel Rodrigues, coordenador geral de enfermagem do HRSC, que também encabeça a proposta, enfatiza: "esse profissional tem mais oportunidade de perceber alterações nos parâmetros obrigatórios. É importante ter ele empoderado e sensível para capitalizar esses alertas, levando a informação ao médico, que vai determinar a abertura do protocolo para tratar a sepse", explica.
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Texto:
Rayana do Carmo - Analista de Comunicação ISGH
Bruno Brandão - Analista de Comunicação da HGWA
Teresa Fernandes - Analista de Comunicação do HRN
José Avelino - Analista de Comunicação do HRSC
Nucom - Núcleo de Comunicação (ISGH, HGWA, HRN e HRSC)
Nucom - Núcleo de Comunicação (ISGH, HGWA, HRN e HRSC)