Dia do Terapeuta Ocupacional: cuidar do outro em sua totalidade é foco de profissionais da Rede Sesa
No dia 13 de outubro, comemora-se, no Brasil, o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) homenageia esses profissionais que reabilitam e devolvem autonomia e mobilidade às pessoas, transformando o movimento em qualidade de vida. Nesta data comemorativa, vamos conhecer pessoas que exercem essas profissões, na Rede Sesa, com empatia e conhecimento.

Terapia Ocupacional transforma o cuidado em arte e acolhimento no HGWA
No Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) cada gesto, som e cor se torna parte de um processo de reabilitação que envolve o corpo, a mente e a emoção. Nesse contexto, o trabalho da Terapia Ocupacional é essencial para a recuperação integral dos pacientes. A terapeuta ocupacional Viviane Coutinho (foto) é um exemplo dessa dedicação.
Com mais de 20 anos de experiência, Viviane tem uma trajetória marcada pela sensibilidade, pela interdisciplinaridade e pela busca constante de novas formas de cuidar. Formada em Terapia Ocupacional e também em Ciências Biológicas, Viviane construiu uma carreira que leva à humanização à frente de tudo. Ao longo de sua caminhada, acumulou três especializações, incluindo Saúde da Família, Acupuntura e Educação Ambiental, e diversos trabalhos voluntários que moldaram sua prática.
Para Viviane, cada atendimento é uma oportunidade de promover não apenas a reabilitação física, mas também o reencontro com o bem-estar e a esperança. Entre os recursos que utiliza, a música ocupa um papel especial. Inspirada por experiências anteriores com pacientes queimados e pediátricos, ela usa a sonoridade como ferramenta de relaxamento, vínculo e expressão emocional.
“No início do trabalho, eu usava a música clássica para ajudar as mães a se acalmarem. Depois, comecei a integrar cantigas de roda, contoterapia e até flauta transversal nas oficinas. A música cria pontes de afeto entre mães e filhos, especialmente nas unidades de internação e ordenha”, conta Viviane.

Cuidado com mães e bebês: vínculo que cura
No HGWA, Viviane atua com dedicação especial junto às mães de recém-nascidos internados na UTI e nas enfermarias pediátricas. Por meio da música, do toque e da escuta empática, ela promove o relaxamento e o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê. O trabalho envolve desde técnicas de respiração e massagem relaxante, até orientações sobre posicionamento, amamentação, fortalecimento da confiança materna e atividades de vida diária.
“Muitas mães chegam ansiosas, inseguras, sem saber como tocar o próprio filho. Nosso papel é mostrar que o toque, o olhar e a voz têm um poder imenso no processo de recuperação. Quando a mãe se sente confiante, a criança também evolui melhor”, explica.
Ao longo dos anos, Viviane desenvolveu diversos recursos terapêuticos próprios, como uma órtese lúdica criada com materiais disponíveis no hospital, que auxilia na estimulação sensorial de crianças com doenças crônicas. Também utiliza bonecas pedagógicas, como a “Marinha”, para demonstrar cuidados de higiene e manejo seguro do bebê, sempre com o objetivo de capacitar e empoderar as mães.
“A Terapia Ocupacional é uma profissão que integra o fazer e o sentir. É olhar o outro em sua totalidade, compreender seus desafios e ajudá-lo a reencontrar autonomia e prazer nas pequenas conquistas do dia a dia”, resume Viviane.