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11/05/2023

De enfermeiro a paciente: experiência de internação fortalece a empatia de profissional

Márcia Catunda

Nesta sexta-feira (12), é celebrado o Dia da Enfermagem. A categoria, fundamental para o atendimento em saúde à população, é composta por profissionais que se dedicam, de forma versátil e dinâmica, à assistência nas unidades de atenção primária, secundária e terciária.

Entre eles, está o enfermeiro Cezanildo Silva, que atua na Casa de Cuidados do Ceará (CCC) – equipamento da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) – e já esteve do outro lado. Em março de 2021, enquanto trabalhava vacinando pessoas, no município de Aratuba, ele contraiu covid-19. No início, os sintomas se resumiam a febre e cansaço, mas um exame de tomografia mostrou que parte de seu pulmão estava comprometido e era necessária uma internação.

“Fiz uso de oxigênio e de medicamentos, mas não conseguia comer nem beber líquido, então perdi muito peso e fiquei desidratado”, recorda. Depois de algumas sessões de Fisioterapia, em oito dias, finalmente, veio a alta.

Apesar das dificuldades, o enfermeiro diz que a experiência teve um lado positivo: ele passou a ter ainda mais empatia pelos pacientes. “As pessoas precisam ser ouvidas. Quem vive a mesma situação entende o sentimento. Passei a ser um profissional mais acolhedor e compreensivo”, afirma.

Sobre a recuperação, Cezanildo atribui ao tratamento da equipe de saúde, à fé e à vacinação. “É importante que todos tomem a dose de reforço bivalente e as demais que forem disponibilizadas no futuro”, destaca.

“Eu queria aprender a cuidar das pessoas, desde quando era nova. Esse sempre foi o meu maior sonho”. É assim que Jeane Dias do Nascimento, enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Conjunto Ceará, equipamento da Sesa também gerido pelo ISGH, explica a escolha pela carreira. O desejo de servir ao próximo era tanto que a profissional iniciou como técnica voluntária de uma instituição filantrópica para ganhar experiência na área.

“Fiquei apenas um mês, pois a minha chefe me contratou logo para atuar em cooperativa. Depois, fiz seleção para o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) e ingressei na faculdade de Enfermagem. Tive que conciliar os dois trabalhos com a graduação. Foi uma época bem desafiadora”, lembra.

Gostar de viver novas experiências foi o que a motivou a pedir transferência para a UPA. “Não existe sensação melhor do que você saber que os pacientes estão ali precisando do seu cuidado, que você pode dar o seu melhor. Desde a internação até a alta, é uma satisfação fazer parte desse processo”, acrescenta.

Jeane atuou como técnica de Enfermagem durante seis anos e está como enfermeira pelo mesmo tempo. “Certa vez, cheguei ao plantão e uma acompanhante me disse que a mãe dela, naquela noite, iria dormir bem e eu perguntei o motivo. Ela simplesmente me disse que só por eu estar ali, ela dormiria tranquila. Outro momento foi quando fui reconhecida pelo nome por uma moça, enquanto comprava pipoca. Na hora, eu não lembrei, mas ela disse que a mãe havia tido câncer e eu tinha proporcionado a ela os melhores dias na internação, pelo meu cuidado e minha alegria. Foi muito emocionante também”, relata.

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