Com uso de tecnologia de ponta, HRVJ realiza aproximadamente 22 mil cirurgias em três anos
Aluísio Soares, de 65 anos, realizou uma cirurgia de hérnia no último sábado (20), no Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), em Limoeiro do Norte. “Graças a Deus estou muito bem e fiquei muito feliz. Foi rápido e o atendimento aqui no hospital é muito bom”, destaca o pedreiro.
Ele foi uma das 22 mil pessoas que passaram por procedimentos no Centro Cirúrgico (CCG) do HRVJ, desde 22 de setembro de 2022, data da inauguração. “Consolidando-se como referência em assistência cirúrgica na região, é resultado do compromisso de uma equipe dedicada a garantir qualidade, segurança e cuidado a cada paciente atendido”, pondera a coordenadora de enfermagem, Lizandra Torres.
Na unidade são realizadas cirurgias gerais, cirurgias oncológicas, neurocirurgias, cirurgias traumatológicas, cirurgias bucomaxilofaciais, cirurgias vasculares e cirurgias plásticas.
Equipamentos de ponta

Cirurgia por neuronavegação é uma das técnicas utilizadas
As técnicas e equipamentos utilizados no CCG do HRVJ estão alinhados com a modernidade. Na última semana, por exemplo, ocorreu uma cirurgia por neuronavegação, tecnologia que utiliza um sistema computadorizado que funciona como um “GPS cirúrgico” para procedimentos no cérebro e coluna vertebral. Na ocasião, ocorreu a remoção de um pequeno tumor (neoplasia cerebral subcortical de pequeno volume).
O coordenador médico da neurocirurgia, Carlos Vinícius Mota de Melo, explica que sem o uso desta técnica seria um grande desafio para as equipes de neurocirurgia mais experientes da atualidade, visto que a lesão se situa abaixo da superfície cerebral, dificultando a sua localização e remoção cirúrgica.

Procedimento combina imagens obtidas por exames, como tomografia ou ressonância magnética, com sensores em tempo real
“Essa tecnologia aumenta a segurança do ato neurocirúrgico, diminuindo o tamanho das incisões, o tempo da cirurgia e a perda sanguínea, reduzindo também a necessidade de transfusões de hemoderivados. É usada primordialmente nas cirurgias de tumores cerebrais, hemorragias intracerebrais profundas e biópsias de lesões no sistema nervoso central. Também é usada para permitir a instrumentação de fraturas na coluna vertebral, diminuindo a necessidade da equipe se expor a altas doses de radiação ionizante”, destaca Vinícius.
Ela combina imagens obtidas por exames como tomografia ou ressonância magnética com sensores em tempo real, permitindo ao cirurgião localizar com alta precisão estruturas cerebrais durante uma cirurgia. “Assim, torna possível acessar lesões ou áreas específicas do encéfalo de maneira mais segura, poupando regiões vitais e reduzindo riscos”, finaliza o médico.