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27/10/2023

Balanço bom: HRSC usa rede como recurso terapêutico para acalmar e desenvolver bebês

José Avelino Neto

Considerada artigo indispensável entre os nordestinos, a  tradicional rede de dormir  ganha nova cara no  Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da  Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) em Quixeramobim. Ela é usada como recurso terapêutico para bebês prematuros. De acordo com a equipe de neonatologia, a rede é uma forma de tranquilizar os pequenos e ainda ajuda no desenvolvimento deles.

Desde setembro, a chamada  “redeterapia”  passou a ser incorporada às práticas de cuidados com os bebês que estão internados na  Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)  do hospital. O recurso é utilizado em bebês que nascem com menos de dois quilos e que respiram sem o auxílio de oxigênio.

Eucilene Kássya, médica pediatra do HRSC, explica que a rede funciona como uma espécie de simulação do ventre materno, o que é essencial principalmente para quem nasce antes de 37 semanas. “No período conhecido como exterogestação, que são os primeiros três meses de vida do bebê, acredita-se que o bebê ainda deveria estar no ventre materno, e a rede é muito propícia nesse sentido, porque o bebê se sente mais aconchegado”, explica.

A implementação da redeterapia no serviço de Neonatologia do HRSC durou pelo menos quatro meses, período em que as equipes avaliaram a precisão do material e os cuidados necessários com a higienização. As redes são armadas dentro da incubadora, e os bebês são manuseados a cada 3 horas, alternando períodos na rede e períodos no ninho da incubadora.

Desenvolvimento e tranquilidade

Kássya explica que, além de servir como um protótipo de útero, a rede ainda possibilita maior liberdade aos bebês no desenvolvimento dos movimentos. “Além de estar reunido e aquecido, a rede possibilita movimentos mais livres para o bebê”, detalha.

A enfermeira Kátia Viana, que participou do processo de avaliação das previsões do uso de redeterapia no HRSC, afirma que a acessibilidade entre as mães é positiva. “Esse é um hábito cultural, então como é um traje que muitos já têm de colocar o filho na rede em casa, a acessível foi muito bom”.

E dá pra imaginar que, mesmo com poucos dias de nascido, o balanço da rede já traz mais calmaria aos bebês? Kátia explica que à medida que se movimentam, os bebês provocam o balanço na rede. “E a gente percebe que eles ficam mais tranquilos e mais calmos”, acrescenta.

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